Alagamento na rua Alvorada

Lembro que sempre que chovia, até os anos 2000, inundava tudo desde a rua quatá, alvorada no começo, cardoso de melo, gomes de carvalho, casa do ator até perto da bandeirantes.

Do lado do prédio onde eu morava, no 928 da alvorada, tinha um prédio com estacionamento subterraneo. As vezes a bomba d`água não dava conta e os carros ficavam boiando com água até o teto do estacionamento.

Todos os imoveis na parte baixa da vila olímpia tinham um valor muito baixo de compra e venda, porque era um bairro de inundação.
A parte mais perto da sto amaro tinha muito assalto por causa da sto amaro, além de toda vila olímpia ter seus ladrões fixos já conhecidos.

Tinha um que vivia fumando pedra e roubando bicicletas e morava lá na Funchal (Favela da Funchal que era bem grandinha).

Mas no geral na hora de se conviver na rua nunca se teve problema entre aqueles que moravam na favela e os que moravam em casas ou prédios.

Será que quando a prefeitura fez uso do terreno da favela eles pagaram algo para os moradores? Será que foi um acordo justo?
Sempre penso nisso. Tomara que sim. Tinha muita gente legal lá - não só morando na favela mas na vila olímpia inteira.

Avenida nova

Lembro bem quando estavam fazendo a helio pelegrino, que foi chamada de avenida nova por muitos anos.
Com essa avenida que cruza a sto amaro, fez com que a casa de uma amiga virasse esquina de 2 grandes avenidas. Onde o pai dela tinha uma loja de móveis que foi palco de muitas festas.

Isso deve ter acontecido no início dos anos 90.

Quem nunca jogou uma pedra da janela, que atire a primeira pedra

Bem coisa de moleque inconsequente!

Mas quem é que não ficou curioso pra ver o que acontecia quando se jogava uma pedra da janela para ve-la quebrar no chão?

É o tipo de "arte" que a criança geralmente faz uma vez, toma uma baita bronca e não faz mais.

Mas como muitas gerações passaram pelo Edifícil Trindad, Uma geração de irmãos mais novos depois da geração conto "Pedra no telhado do vizinho".

Uma vez estávamos com uns amigos no telhado como era de costume.
Iamos quase todos os dias para o terraço pra jogar aviões de papel, cospir, sentir medo da altura e procurar um rato na caixa d`agua do prédio (sempre tinha).

Um belo dia, tinham tijolos para uma reforma, e fizemos um não saudável competição para ver quem conseguia tacar mais longe. Mas para evitar acidentes, decidimos jogar a pedra na direção de uma casa que tinha um terreno bem grande com gramado, e ficava bem ao lado de uma igreja evangélica.

O segundo tijolo pegou bem no telhado da igreja fazendo aquele barulho típico e um baita buraco no telhado.

Quem jogou foi um amigo meu gordo e loiro que nem morava no prédio.

No fim das contas isso acabou dando problemas de reclamações e com o tempo colocaram um cadeado para evitar que as crianças subissem no terraço.

Mas antigamente era totalmente permitido e até considerado como área útil. Tinha gente que tomava sol no terraço.

Isso tudo aconteceu no fim dos anos 80.

Foto


Rua Alvorada (esquina) e Rua Bugiu (ao fundo com o fusca) - Vila Olímpia - São Paulo - SP


A frente onde é hoje o restaurante Jardineira Grill e na época era o Jardineira Veículo.

Pedra no telhado do vizinho

O prédio que a gente morava era bem alto, com 15 andares. Antigamente dava pra subir no ultimo, tinha um terraço.
Acho que foi em 89, era meu aniversário, não tenho certeza. Eu sei que foi uns colegas da escola la em casa. Aí a gente subiu no terraço.
Tava lá a molecada, "olha, que alto e tal, joga uma pedrinha e demora pra cair..." Daqui a pouco o sorriso e os moleques pegam uma pedra gigante, de quase 1kg e joga.... PAAAHH !!! cai lá no telhado do vizinho, destrói tudo as telhas e entra pedra na casa dele.
Não sei como, o cara olhou pra cima e viu que tinha gente lá.
Deu muito rolo essa história, sorte que não caiu na cabeça de ninguem.
Depois o fabio ainda quis levar uma telha velha que tinha na casa dele pra repor o do cara.



*os nomes de alguns dos personagens podem ser fictícios para preservar a identidade dos menores infratores.

A mais antiga

A coisa mais antiga de todas que eu lembro, é no primeiro dia, quando fomos ver o novo apartamento, não sei se em 79 ou 80 (puta que pariu).
Tava eu, minha mãe, meu pai e o primo noboru.
O apartamento tava vazio, e tinha um sacada, com porta de vidro. Aí eu tranquei o noboru pra fora e fui pra lá.
Depois olhei pro lado e ele tinha saído. Até hoje não descobri como ele saiu.

Nasci na Alvorada

Meu nome é Renato e também vou contribuir com histórias interessantes que aconteceram na rua Alvorada, desde que eu nasci, 1979, até hoje.
Incluindo as mudanças do bairro em questão: Vila Olímpia - São Paulo - SP que, cronologicamente, já foi:

um pequeno brejo;
um bairro desconhecido e industrial;
um conhecido bairro de baladas;
um bairro comercial;

E, assim como algumas outras pessoa, tive a oportunidade de acompanhar todo esse período, desde o início ao fim.

Vou postar tudo que me lembrar e sempre que tiver tempo.

Se você também morou no bairro, fique a vontade de enviar histórias interessantes.

"Uma vez Vilompa, sempre vilompa."